LuxSalus.blogspot.com

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PÁTRIA MADRASTA VIL

Recebi por e_mail. Não há como não postar, não discutir, não chorar!
Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios?? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL. Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições. Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil. A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição! É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos... Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'. A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mulheres - Um Misto de Amor,Ternura e Coragem!

Hoje, conversando com uma amiga muito querida a respeito da saúde dela, fiquei a pensar sobre quem são realmente esses seres, algumas vezes doces e maravilhosas e outras, explosivas e... maquiavélicas, capazes de destruir sem arrependimento.

Praticamente toda a minha vida foi ao lado delas; primeiro com minhas irmãs, mais novas que eu: enchiam a casa de amigas e juntos iamos passear, a bailes, festas, etc. Após os dezoito, fui morar na casa da minha tia que era universitária e novamente, lá estava o apartamento cheio de mulheres. Sem considerar as namoradas e as paixões, casei aos vinte e quatro e continuo casado até hoje; lá se vão 30 anos! Mas continuo apaixonado por elas! O que mais me atraí são os olhos, que muitas vezes me permitem ver em profundidade de tão expressivos que são; em outras ocasiões se apresentam enigmáticos, não permitindo sequer imaginar o que ocorre por dentro do coração daquele maravilhoso ser...

É! Eu disse maravilhoso ser! Não consigo ver uma mulher de outra maneira. A sua delicadeza, presença, charme e humor extremamente volúvel, se fazem constantes dentro de uma completa inconstância de ser: em segundos, o mais lindo dos dias adquire um aspecto incrivelmente tempestuoso...

E na verdade, idade não conta na rapida descrição que eu fiz: ela pode ter três, treze, trinta ou setenta; o comportamento terá as mesmas variações, o mesmo charme, a mesma ternura, delicadeza e o mesmo e inconstante humor!

Mas parando com os devaneios, existe o aspecto mais triste, e ao mesmo tempo, exatamente aquele que demonstra a coragem e uma grande  vontade de viver: a minha querida amiga, como tantas outras mulheres, teve câncer em uma das mamas e se viu obrigada a retirar uma parte e também parte dos ganglios linfáticos; então veio a quimioterapia,  os problemas hormonais, a queda dos cabelos, etc.   Mas o tratamento e seus efeitos colaterais devem continuar até cinco anos após; pelo menos neste caso...

Enfim, não me coube conversar em detalhes, pois enquanto ela me falava a respeito, eu olhava seus lindos olhos azuis e a admirava pela vontade não só de viver, mas de bem viver!

Então, que se agradeça a Deus, porque elas são nossas mães, nossas irmãs, nossas esposas, nossas filhas, nossas amigas; porque elas são maravilhosas e principalmente, porque elas estão conosco.

Abraços!