Espero que, ao receber, esta, Meu amigo, estejas com a paz.
O motivo da mesma é para reflexão.
Meu amigo, como bem sabes,
Somos perante as mulheres Seres vulneráveis.
Não adianta, e disso, já sabes, Contra a maré nadar.
Temos que reconhecer que somos uma ilha
Não muito distante, cercados de mulheres
Por todos os lados.
E como ilhas não podemos navegar
Somos obrigados a ficar imóveis, Estáticos, sem sair do lugar.
Pobres vitimas escolhidas pelo destino Dessa coisa que é, em certas horas da vida, um verbo dolorido, esse tal verbo "amar".
Velho companheiro desiste! Não adianta lutar.Deixe que elas, como ondas,
Molhem a tua praia E agarra-te as pedras, para não se deixar arrastar.
Certas paixões, amigo, carecem de explicações,
Simplesmente aceitas como a água e ao fogo
Que mesmo de tão diferentes só pela contradição nos atraem.
Deixemo-nos molhar e na ilusão vamos nos queimar.
Mesmo assim, irmão, somos como bambus
Que o vento da paixão gosta de envergar
Mesmo sabendo que não vai, acredito,conseguir nos quebrar.
Mas quando vai parar de ventar ?
Escrevo para que num simples olhar Possas ver e acreditar, que se for para sofrer,
Melhor que seja assim. Uma dor que sabes não poder suprimir,
Já que faz parte da nossa sina amar e sofrer.
Assumamos nosso papel de mártires E a elas vamos nos entregar.
Fico por aqui na saudade e mando mil beijos para os teus
E um forte e solidário abraço do teu amigo,
Frank Tavares
Frank Tavares é poeta e fotografo especializado em Arte & Danças.
Ou ainda, como ele próprio se define:
“Sou um punhado de emoções.
Sou aflito e sou descrito
como amante do mar…”
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