De onde vem, neste mundo, tanta solidão?
Cercado, me sinto sozinho...
Amigos que vem, amigos que vão...
É: "Oi, como vai?", "Que bom ver você", "Meu querido, que alegria"... E ainda assim, olhos nos olhos nos dizemos: Meu Deus, que dor! Que solidão!
Perdido no vazio de mim mesmo, busco o alento de uma pequena alegria... o sorriso para viver mais um dia!
Mas qual, onde acho tal luz? Onde encontro a minha paz...
No vazio me debato... não quero tanta solidão!
Na solidão não mais me acho, pois no vazio desencontrei do meu caminho e não sinto mais, o bater do meu coração!
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É interessante o sentimento de vazio que surge mesmo quando estamos em meio a uma multidão.
Pode ser uma festividade, reunião, enfim, qualquer que seja o evento, ainda assim, com toda essa movimentação de pessoas de diversas culturas e costumes, nos sentimos sós.
Em verdade, temos um universo pelo qual nos responsabilizamos que é o nosso corpo físico. Esse nosso universo demanda ações que exigem muito de nós e que, na grande maioria das vezes entorpecem nossas lembranças, fazendo-nos esquecer muito do conhecimento e experiências que já tivemos e que poderiam eliminar essa sensação de vazio.
Coajuvante dessa situação, o mundo que nos cerca contribuí com significativas questões materiais que acrescentam mais e mais responsabilidades, ambições e uma desmedida necessidade de futilidades.
Mas... para que? Será que tudo isso poderá suprir o que nos é necessário para não mais nos sentirmos vazios? Não creio! Sempre haverá o momento em que, mesmo aquilo que para nós se faz novo, nos entediará, motivandono-nos a buscar outros superfluos cujo interesse também não nos satisfará por muito tempo.
Somente quando entendermos que aquilo que temos nos é suficiente; quando agradecermos pela boa saúde e pelas alegrias que nossa família, parentes e amigos nos proporcionam, só então é que poderemos nos sentir completos, pois independentes seremos auto-suficientes; emocionalmente auto-suficientes!
Abraços!