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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

No Vazio da Minha Solidão

De onde vem, neste mundo, tanta solidão?

Cercado, me sinto sozinho...

Amigos que vem, amigos que vão...

É:  "Oi, como vai?", "Que bom ver você", "Meu querido, que alegria"...  E ainda assim, olhos nos olhos nos dizemos: Meu Deus, que dor! Que solidão!

Perdido no vazio de mim mesmo, busco o alento de uma pequena alegria... o sorriso para viver mais um dia!

Mas qual, onde acho tal luz? Onde encontro a minha paz...

No vazio me debato... não quero tanta solidão!

Na solidão não mais me acho, pois no vazio desencontrei do meu caminho e não sinto mais, o bater do meu coração!

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É interessante o sentimento de vazio que surge mesmo quando estamos em meio a uma multidão.

Pode ser uma festividade, reunião, enfim, qualquer que seja o evento, ainda assim, com toda essa movimentação de pessoas de diversas  culturas e costumes,  nos sentimos sós.

Em  verdade, temos um universo pelo qual nos responsabilizamos que é o nosso corpo físico. Esse nosso universo demanda  ações que exigem muito de nós e que, na grande maioria das vezes entorpecem nossas lembranças, fazendo-nos esquecer muito do conhecimento e experiências que já tivemos e que poderiam eliminar essa sensação de vazio.

Coajuvante dessa situação, o mundo que nos cerca contribuí com significativas questões materiais que acrescentam mais e mais responsabilidades, ambições e uma desmedida necessidade de futilidades.

Mas... para que? Será que tudo isso poderá suprir o que nos é necessário para não mais nos sentirmos vazios? Não creio! Sempre haverá o momento em que, mesmo aquilo que para nós se faz novo, nos entediará, motivandono-nos a buscar outros superfluos cujo interesse também não nos satisfará por muito tempo.

Somente quando entendermos que aquilo que temos nos é suficiente; quando agradecermos pela boa saúde e pelas alegrias que nossa família, parentes e amigos nos proporcionam, só então é que poderemos nos sentir completos, pois independentes seremos auto-suficientes; emocionalmente auto-suficientes!

Abraços!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Caminho de Lugar Algum!

Muitas vezes caminhamos sem destino, como se quisessemos estar perdidos, sem destino, sem razão de ser...

Isto não é somente um fato; é uma condicionante que acaba por dispersar nosso Eu! Quando digo "nosso Eu", me refiro à nossa essência, nosso espirito ou fator espiritual, como queiram. Vemos à distância, coisas que embora sejam superficiais, nos impelem a permanecermos agarramos a elas como se fossem nossa tábua de salvação, nossa verdade última. É como se caminhassemos em linha reta por uma estrada florida e muito estreita e que tivesse em suas laterais, lodo!

Seguimos andando por essa estrada olhando somente para as flores, sem querermos ver  aquilo que deixamos para trás, e isto porque não queremos nos dar conta  do lodo que margeia ambos os lados, o qual veremos obrigatóriamente quando nos voltarmos para olhar. Queremos permanecer alheios aos problemas que nos cercam e incomodam, sem entendermos que ao mesmo tempo estamos deixando toda uma vida repleta de sentimentos e emoções; uma vida verdadeira.

Simplesmente seguimos em frente, fingindo não sentir o mal cheiro exalado pelo lodo, sem considerarmos que quando chegarmos no outro extremo dessa estrada, o que alí encontraremos será o reflexo daquilo que deixamos para trás e nos recusamos a voltar a olhar...

O agravante será a frustração de não ter tentado de todas as maneiras, viver, independente de qualquer problema, de qualquer condição ...

E mais uma vez, o vazio se fará presente e a caminho de lugar algum retornaremos!