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sábado, 22 de agosto de 2009

Tu és meu sol... Tu és minha lua...

Tu es meu sol

 Regina Azenha

É autora dos livros Mulher: Amor e Poesia, lançado em 1986, livro independente mais vendido na Bienal do Livro de Santos, Fragmentos e Mutações, de 1997 e Livro Poesia a quatro mãos, em parceria com André Azenha-2008. Vencedora do prêmio Robalo de Ouro Brasil em 1989 pelo seu primeiro livro.

Mandamentos

Os dez mandamentos , recebidos mediúnicamente pelo profeta, brilham ainda hoje por alicerce de luz na edificação do direito dentro da ordem social.
A palavra da Esfera Superior gravava a lei de causa e efeito para o homem, advertindo-o solenemente :


"Consagra amor supremo ao Pai de Bondade Eterna, n’Ele reconhecendo a tua divina origem.
Precata-te contra os enganos do antropomorfismo, porque padronizar os atributos divinos abolutos pelos acanhados atributos humanos é cair em perigosas armadilhas da vaidade e do orgulho.
Abstém-se de envolver o Julgamento Divino na estreiteza de teus julgamentos.
Recorda o impositivo da meditação em teu favor e em benefício daqueles que te atendem na esfera de trabalho, para que possas assimilar com segurança os valores da experiência.
Lembra-te de que a dívida para com teus pais terrestres é sempre insolvável por sua natureza sublime.
Responsabilizar-te-ás pelas vidas que deliberadamente extinguires .
Foge de obscurecer ou conturbar o sentimento alheio, porque o cálculo delituoso emite ondas de força, desorientada que voltarão sobre ti mesmo.
Evita a apropriação indébita para que não agraves as próprias dívidas.
Desterra de teus lábios toda palavra dolosa a fim de que se não transforme, um dia, em tropeço para os teus pés.
Acautela-te contra a inveja e o despeito, a inconformação e o ciúme, aprendendo a conquistar alegria e tranquilidade, ao preço do esforço próprio, porque os teus pensamentos te precedem os passos, plasmando-te hoje, o caminho de amanhã."


Texto retirado do livro: Evolução em dois mundos, pelo espírito André Luis,
Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira.

Post de Cátia S.V.Pereira

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Gripe A/H1N1 - A "Nova/Velha" Gripe Espanhola?

H1N1 Embora haja por parte da sociedade organizada, o desinteresse ou a tentativa de minimizar  a virulencia da chamada gripe suína – A/H1N1, é indispensável precaução a respeito desse "novo/velho" vírus, pois que ele vem se apresentando com as mesmas carecteristicas do causador da pandemia ocorrida em 1918.

“Segundo pesquisa feita por cientistas ligados ao Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid, na sigla em inglês), um dos Institutos Nacionais de Saúde do governo dos Estados Unidos, a gripe de 1918 deu origem a uma dinastia viral que persiste nos dias atuais.

De acordo com Anthony Fauci, diretor do Niaid, e colegas, em artigo publicado nesta segunda-feira (29/6) na edição on-line do New England Journal of Medicine, o mundo tem vivido em uma era de influenza pandêmica desde então.

Segundo eles, o vírus H1N1, causador da gripe A, embora novo, é outra manifestação da mesma família viral que matou milhões no início do século 20.

Os vírus da influenza têm oito genes, dos quais dois codificam para proteínas virais de superfíce (hemaglutina e neuraminidase), que permitem ao vírus entrar na célula hospedeira e se espalhar por outras. Há 16 subtipos de hemaglutina e nove de neuraminidase, que resultam em 144 combinações possíveis das proteínas.

Do total de combinações, até hoje se identificou que apenas três (H1N1, H2N2 and H3N2) estão totalmente capacitadas a infectar humanos. Outras combinações, como o H5N1, causador da gripe aviária, podem ocasionalmente atingir humanos. A atual pandemia de gripe foi classificada como sendo causada por uma mutação do H1N1.” Leia mais em Diario da Saúde

E como foi que surgiu a gripe espanhola, que gerou a pandemia de 1918?

Em editorial, que recomendo ler, preparado para a Revista da Associação Médica Brasileira  , a Drª Liane Maria Bertucci, relata:

Apesar do nome pelo qual ficou conhecida, "espanhola", a gripe de 1918 teria surgido em campos de treinamento militar nos Estados Unidos e se espalhado pelo mundo em consequência do movimento de tropas que lutavam na Primeira Guerra Mundial. A Espanha, país neutro durante a guerra, não censurava as notícias sobre a nova epidemia, daí alguns deduzirem, equivocadamente, que a moléstia tivesse origem ou fizesse mais vítimas no país. Com exceção de algumas ilhas da Oceania, totalmente isoladas, o ciclo letal da influenza espanhola varreu o mundo entre agosto de 1918 e janeiro de 1919."

E para terminar este post, destaco um pequeno trecho contido em texto publicado no Ministério da Saúde/FIOCRUZ/inVIVO , sobre a pandemia de 1918, que diz:

"Em carta descoberta e publicada no British Medical Journal quase 60 anos depois da pandemia de 1918-1919, um médico norte-americano diz que a doença começa como o tipo comum de gripe, mas os doentes “desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto...

A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal...

Ainda hoje restam dúvidas sobre onde surgiu e o que fez da gripe de 1918 uma doença tão terrível. Estudos realizados entre as décadas de 1970 e 1990 sugerem que uma nova cepa de vírus influenza surgiu em 1916 e que, por meio de mutações graduais e sucessivas, assumiu sua forma mortal em 1918. Essa hipótese é corroborada por outro mistério da ciência: um surto de encefalite letárgica, espécie de doença do sono que foi inicialmente associada à gripe, surgido em 1916.

As estimativas do número de mortos em todo o mundo durante a pandemia de gripe em 1918-1919 variam entre 20 e 40 milhões."

São muitas coincidências...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Perfume em gotas de poesia...

Amante

Seus filhos não são seus filhos

E uma mulher que apertava o filho pequeno contra o peito disse: ‘Fale-nos dos filhos’. 
E ele disse: 
‘Seus filhos não são seus filhos. 
Mas sim filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma. 
E embora estejam com vocês, não lhes pertencem. 
Vocês podem lhes dar seu amor, mas não seus pensamentos. 
Pois eles têm pensamentos próprios. 
Podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, 
Pois as almas deles residem na morada do amanhã,  que vocês não podem visitar nem mesmo em sonhos. 
Vocês podem se esforçar por ser como eles, mas não busquem moldá-los à sua própria imagem. 
Pois a vida não retrocede, nem se demora no ontem. 
Vocês são os arcos dos quais seus filhos são lançados como flechas vivas. 
O Arqueiro que divisa o alvo na trilha do infinito, e retesa o arco por Seu poder para que Suas flechas possam seguir rápidas e voar longe. 
Que vocês cedam de bom grado à mão do Arqueiro; 
Pois da mesma forma que Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que fica’.

Kahlil Gibran - O profeta.

Trad. de Eduardo Pereira e Ferreira.

São Paulo: Editora Nova Alexandria, 2002, pp. 21-2

Oração por entendimento

Senhor Jesus!
Auxilia-nos a compreender mais, a fim de que possamos servir melhor, já que, somente assim, as bênçãos que nos concedes podem fluir, através de nós, em nosso apoio e em favor de todos aqueles que nos compartilham a existência.
Induze-nos à prática do entendimento que nos fará observar os valores que, por ventura, conquistemos, não na condição de propriedade nossa e sim por manancial de recursos que nos compete mobilizar no amparo de quantos ainda não obtiveram as vantagens que nos felicitam a vida.
E ajuda-nos, oh! Divino Mestre, a converter as oportunidades de tempo e trabalho com que nos honraste em serviço aos semelhantes, especialmente na doação de nós mesmos, naquilo que sejamos ou naquilo que possamos dispor, de maneira a sermos hoje melhores do que ontem, permanecendo em ti, tanto quanto permaneces em nós, agora e sempre.
Assim seja.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cristal Trincado

Angela Eu não entendo porque o cristal está trincando entre os homens e as mulheres.

O  que vejo é muita gente só, quando é uma constatação que "é impossível ser feliz sozinho", como bem diz a canção do Tom Jobim.

Será que falta para ambas as partes assumir que ninguém é tão auto-suficiente, a ponto de não precisar do afeto "daquela pessoa", que pode vir a ser a pessoa mais especial e necessária na sua vida?
Que medo é este de investir numa relação?

Que necessidade é essa de ficar sempre na defensiva em relação ao outro, enquanto o vazio e a carência afetiva vão criando um buraco cada vez maior, alimentando a falta de generosidade e embotando os sentimentos?
Sinceramente, procuro uma explicação.
Estarão homens e mulheres se superestimando ou se subestimando?

Será falta de coragem e covardia para assumir e enfrentar um compromisso, com todas as implicações próprias de todo e qualquer relacionamento?
Penso que falta às pessoas que se gabam de serem felizes sós, passar um único dia num asilo de idosos, para enfim tomar um banho de realidade.

Deixo aqui um poema do Vinícius que diz tudo!

"A maior solidão é a do ser que não ama.

A maior solidão é a do ser que ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.

A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.

O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.

Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno.

Ele é a angústia do mundo que o reflete.

Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre."

E como diz Fernando Pessoa:
Arre, estou cheio de semi-deuses!

Angela Nogueira -  Editora do blog:  Velejando nas Letras