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sexta-feira, 13 de março de 2009

Ilusões do Amanhã

Poesia de um aluno da APAE.
Esse poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado pela sociedade, de excepcional.
Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15.

Ilusões do Amanhã

Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.
Eu quero apenas viver...
se não for para mim que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
sem nem ao menos me olhar,
me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr...
eu vou me achar...
prá mais tarde em você me perder.
Se a vida dá presente prá  cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito...
Quando estou só, preso na minha solidão,
juntando pedaços de mim que caíram ao chão,
juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho.
Na procura de te esquecer,
eu fiz brotar a flor,
para carregar junto ao peito,
e crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...
Sou um tolo que acredita, ainda, no amor."


PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE)


quarta-feira, 11 de março de 2009

Minha Amiga... Meu Amor

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Amigas, são um caso a parte em nossas vidas, mesmo as virtuais, pois embora só as conheçamos por fotos e por suas escritas, elas fazem muita diferença no nosso dia-a-dia.

Então, basicamente o que diferencia uma da outra é a proximidade física, que me permite abraçá-la e beijá-la.

Até aí, sem novidades... Então, por que são um caso a parte?

Simples: muitas vezes são elas nossos apoio em relação ao momento da vida pelo qual estamos passando, ou vice-versa, e é nessa hora que o carinho e a atenção se sobressaem ao todo e começa a existir o risco do envolvimento, pois há carência afetiva, as vezes de ambas as partes.

Você está tão próximo dela, abraça-a, acarinha-a, beija-a e recebe igual tratamento; ou ainda, trocam e_mails, conversam via MSN, usam o Orkut e em todas as mensagens, o carinho, a palavra amiga e terna está presente e isso tudo com uma atenção diferenciada... Como resistir? Como não misturar as estações? E mais: e se ela não estiver pensando em nada mais, que não seja ajudá-lo como amiga?

O que fazer? O que vale mais: uma amizade ou uma possibilidade? E o coração?

Quando iniciei este texto, tinha por base tão somente a minha experiência e uma ou outra coisa lida aqui e alí, mas nada mais consistente. Então decidi colocar o assunto como um tópico em uma comunidade do Orkut, a ENCONTROS ,  que recomendo a quem quiser encontrar ótimos amigos.

Assim, o que vou colocar aqui ainda continua sendo minha visão a respeito do assunto, só que agora, enriquecida pela base formada na opinião e vivência de muitas outras pessoas.

Este passeio,via sentimentos e emoções, mistura um pouco da nossa realidade com muito da virtual, que hoje já se tornou um mecanismo que tem dado impulso a muitos relacionamentos.

Por ser fato mais do que conhecido, situações envolvendo golpes, má fé, brincadeiras de mau gosto, etc, praticados por desqualificados, não serão considerados neste post, pois nada acrescentam.

Os textos em destaque, são partes de opiniões de diversos amigos da comunidade.

“A relação virtual existe, não há duvidas! Pessoas se apaixonam por internautas ...

Há cumplicidade na maior parte das vezes e ...muita fantasia também!”

Em um relacionamento virtual, as pessoas, por se julgarem “menos expostas” são mais autênticas e, por consequência, voluntáriamente, ficam “mais expostas”. Efetivamente, traídas pela carência e/ou pela imaginação fantasiosa, acabam por construir “castelos de areia”; essas criações muitas vezes são unilaterais, pois não envolvem ambos os internautas.

Mas... e quando envolve a ambos?

“Houve um caso em que levei a paixão a diante e virou uma linda história de amor! E se teve final ficou a amizade...

Teve também aquele caso que tudo desabou no meio, ficou dor, desencanto...esse deixou marcas bem doloridas ...mas aprendi que faz parte. “

Não são todas as pessoas que tem o preparo adequado para um relacionamento virtual, pois este implica fundamentalmente, em um primeiro momento, a considerar que quem se encontra no outro terminal, está mostrando “quem ela é” e não “como ela é”. Este “imenso” pequeno detalhe pode causar uma grande decepção no momento do primeiro e real encontro. Daí, entre outros, são comuns pensamentos tipo: “Puxa! Eu pensei que ele fosse mais alto”; “Não dá... vão pensar que ela é minha mãe...”

Ainda que a foto da pessoa seja atual, dificilmente será igual quando ao vivo e a cores...

E daí, o “castelo de areia” desmorona e os dois personagens acabam por jogar fora, até mesmo a possibilidade de uma linda amizade.

O ideal é procurar estar preparado para o “pior” e ter maturidade suficiente para avaliar os prós e os contras daquele relacionamento, não esquecendo que, muito provavelmente aquela pessoa já mostrou quem é e que esse foi o fato motivador do encontro; portanto, existe sim, um expressivo valor a ser considerado.

“Mesmo casado, não conseguiu resistir à possibilidade de conhecê-la pessoalmente; pois ela é, pelo menos virtualmente, muito meiga e carinhosa...”

“De fato, como resistir ao carinho?

...melhor não pensar algumas vezes, desviar a atenção , é assim que me escondo de mim...funciona... Convenço-me, muitas vezes, que este é o melhor caminho, assim não machuco ninguém.”

Mas... o encontro aconteceu, a amizade se tornou forte e um deles não conseguiu ludibriar seus sentimentos: apaixonou-se!

“Se o meu coração estiver livre, mas o dele não, caberá a um de nós usar a razão...”

E se não conseguir?

“O que fazer? viver a história, certamente, pois já entendi que apesar de ter aprendido um pouco sobre a vida, mesmo quando eu for bem velhinha meu coração ainda terá muito que conhecer e experimentar sobre o amor. Então continuo fazendo amigos e me encantando com eles! “

“A amizade virtual é uma das muitas formas das pessoas se relacionarem. Só que tem uma mágica nesta forma de conhecimento, pois você vai descobrindo o outro de dentro para fora...vai percebendo seus valores, suas esperanças, sua forma de ser, seu jeito único de se dar de presente, enfim, vamos conhecendo muito o outro...”

“Quantas vezes eu só tinha o mundo virtual como companheiro? Quantas vezes um papo me fez dormir melhor ou me sentir humano de novo?

Muitas vezes......e, quando isso rolou, claro que tinha em meu ser a esperança de ter a pessoa em questão como parceiro de caminhada...porque não?

Aí é que entra a minha razão.....pois aprendi que o amor, a arte de amar, só rola no mundo real...o toque, a emoção do beijo, a sensação da proximidade do outro, as descobertas pequeninas que fazemos com a convivência diária só é possível no mundo de verdade...”

Minha conclusão é que, quando nos apaixonamos por alguém na vida real, essa pessoa se torna aquela que é alvo dos pensamentos e atos diários...

O que fazemos pensando nela, é destinado à nossa satisfação pessoal em verdade...

Queremos que aquela pessoa permaneça ao nosso lado e tudo fazemos visando esse objetivo... mas sempre pensando em nós próprios!

Já quando encontramos uma nova amizade, ainda que virtualmente, essa pessoa não nos torna obsessivos, mas, pelo contrario, quando a encontramos o sentimento é de ternura, alegria... como se algo nos completasse; é um sentimento doce, único...

Então, vale o esforço, nos tornarmos verdadeiros amigos e buscarmos fazer delas, mesmo as virtuais, verdadeiras e queridas amigas!

Termino, deixando para vocês, a poesia do meu amigo José, o Alma de Poeta:

 

“Minha Amiga ...Meu Amor...

Orgulhosamente

vens dizer-me que possuis

a coragem firme

de fugir à mais bela tentação...

De que te serve essa fuga,

de que te serve esse pudor,

envelheces retraindo a tua carne

e o teu sentir...

És uma medrosa...

Quem tem medo da morte

não conhece bem a vida.

Depois,

Quem procura louvar a tua beleza?

Quem passando,

se debruça,

destacando este

ou aquele detalhe

do teu corpo

senão eu amiga?

Não é comigo que te sentes bem?

ah...

Ama ri canta soluça,já...

Não fiques aí,

descansa mais perto,

ao menos aqui...”

Curitiba, março 2009

Paulo Pinto Pereira