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sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O VÔO DA ÁGUIA


Olho de cima, como se fosse uma águia em pleno vôo;
A aridez da planície com pouca vegetação, reflete o brilho do sol.
A sensação de liberdade é extrema e por isso mesmo, grande é o sentimento de solidão.
O plano de vôo se configura pelo que ocorre no momento; ele mostra o que de mais agudo reverbera em meu interior: um grito, embora silencioso, ecoa no espaço e se faz ensurdecedor.
Atordoado, olho para baixo; a distância, a altura, não se fazem intimidadoras pois o medo é nulo dada à indiferença que ora me permeia.
Planando, sinto o vento que bate na face, como a lembrar-me de onde estou: não piso o chão; estou seguro tão somente por pequenas moléculas de ar que me sustentam no espaço aberto.
Desvio o olhar da extensa planície e olho à frente; ao longe, o horizonte está sempre a frente; por mais que eu tente me aproximar, ele continua distante; na proporção que avanço, ele se afasta...
Ainda indiferente, olho acima e uma luz intensa me cega, lágrimas umidecem minhas pálpebras; por um momento perco meu direcionamento e confuso me debato e então penso: e agora? Que faço? O espaço gira ao meu redor e sem rumo, com o coração batendo rapidamente, fecho os olhos; o silencio se faz agora, verdadeiramente presente e ainda de olhos fechados começo a ver uma luz que aos poucos vai crescendo e se aproximando; vou aos pouco enxergando: cores e matizes diferenciados começam a aparecer; formas incomuns e de singular beleza, agora surgem; à frente, no horizonte, o crepúsculo inicia: é o ocaso da alma, preparando o novo renascer.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Memórias de Vidas II

2. Escolhas

Constatações de fatos ou situações ocorridas em nossa vida, ou ainda que estabelecem a necessidade de reflexão acerca desta ou daquela condição, ainda que em formação, de certa forma nos mostram as escolhas que fizemos. Algumas foram boas, enquanto outras, as enxergamos de outro modo, não tão positivo. Esclareça-se apenas que nós não as vimos positivamente, o que não implica na inexistência das probabilidades positivas inerentes àquele acontecimento, ou seja: tudo nesta vida, por pior que seja, pode apresentar aspectos construtivos, que nos façam crescer e, isto, em hipótese alguma deve ser desconsiderado, principalmente porque foi gerado unicamente a partir da escolha que fizemos.
Em relação a escolhas que fazemos, algumas, aparentemente não mudam em nada o nosso cotidiano, mas há outras, mesmo sem poderem ser classificadas como sérias ou graves, cujas consequências estarão inclusas pelo resto da vida, afetando, inclusive, aqueles que nos são próximos. Embora aspectos positivos possam daí advir, é minha opinião que é melhor parar e pensar bem... Só tem um pequeno problema: 95% do tempo que dispomos é destinado a ESCOLHAS! O que fazer então?
Deixa a vida me levar, Vida leva eu...
E lá vem você de novo me questionando: - O que é que tem isso? Bom, eu estava pensando sobre o contido no post anterior: “Constatações”, visto que “eu me construí” e muitas vezes “me deixei moldar” e por fim, “me engessei”. Assim, para me sentir liberto, preciso obrigatoriamente “me desconstruir”!
Como é que se faz isso? Simples: aplica engenharia reversa! Huahuahuahuahua...
Sorria! a vida nos permite!
Deixando as brincadeiras de lado, o que chamamos de personalidade e construímos ao longo da vida, realmente não é simples, não! É um emaranhado de conceitos e sentimentos “deitado” em um padrão denominado lógico que está, em minha opinião, longe de ser natural.
A medida que o adulto vai sendo construído, fica mais difícil, mas muito mais difícil mesmo, achar sua, por assim dizer: essência! Então, vamos lá, desconstruindo toda essa cosa loca que somos yo e tu!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Memórias de Vidas


1. Constatações

É muito difícil você se expor, mas há fatos que nos trazem informações que nos mostram todo um caminho percorrido e de onde podem ser retirados muitos exemplos que podem nos ajudar profundamente.
Vivemos perdidos, sem saber o que ou como fazer muitas coisas; como reagir a diversas situações que nos caem sobre a cabeça, desnorteando-nos. Nesses momentos você para e se pergunta: - Mas o porquê disso tudo? O que foi que fiz? Por que as pessoas são assim?
Para todas essa perguntas existem respostas! Respostas concretas e com fundamento.
Como descobri-las? Basta olhar para dentro de nós mesmos; está tudo alí, da menor à maior ação e todas elas respondem ao que é hoje, a nossa vida. Logicamente que isso é como um imenso quebra-cabeças, pois que para nós, devido às nossas deficiências não conseguimos juntar todas as peças ao mesmo tempo.
Bom, isto é matéria fácil... rsrsrs! Não, infelizmente não é! Precisamos entrar em nosso eu interior e tirar as teias, o pó, a sujeira que lá está, para, somente após pensarmos em como reordenaremos tudo! Reordenaremos? Exatamente! Há tempos atrás, já fomos organizados em termos de sentimentos; quando crianças, tudo era simples e nossas emoções e sentimentos equilibrados: com um sorriso, expressavamos a nossa momentânea verdade. A tristeza, o descontentamento, desapareciam rapidamente, substituídos por repentinas alegrias. Bons tempos aqueles, como é costume afirmar! Mas, a medida que vamos crescendo, começamos a complicar a vida. O interesse por amigos e os relacionamentos com pessoas do sexo oposto nos levam a desestruturar nossa personalidade de modo a adequá-la a esses terceiros; e isto ocorre com todos, em maior ou menor grau, dependendo tão somente da insegurança que é inerente à adolescência.
Assim, o tempo vai passando e começamos a nos adaptar às novas realidades que criamos. Dessas adaptações decorrem as transformações que acabam por engessar o nosso comportamento social e afetivo, os quais com o avanço da idade vão sendo trabalhados, cada vez mais superficialmente, até que por alguma motivação externa, normalmente de carater afetivo, nos obrigamos a limpar “nossa casa”, retirando as teias e sujeiras alí existentes.
Você até pode dizer: “Eu? Eu não tenho sujeira nenhuma! Sou jovem!” E eu, vou te responder: huahuahuahua... Você é que pensa! Desde que você nasceu, já assimilou inúmeras informações dadas por todas aquelas pessoas que te cercam, seja em casa, na escola, na rua e por aí afora. Agora, se você olhar como eu, então são milhares de anos e inúmeras vidas como bagagem que trazemos e que nos apresentam como somos hoje!
Duvida? Por quê? Melhor pensar antes de responder...