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sábado, 19 de junho de 2010

Quem somos nós?

(Atenção: os vídeos estão inseridos no contexto do post)

Considerando tão somente nosso corpo físico, quem somos nós?

O que fazemos ou pensamos para nos sentirmos tão importantes  em relação a outras pessoas, espaços, cidades, países, planetas, sistemas solares?

De onde a informação que somos os únicos seres com capacidade de raciocínio deste ou de qualquer sistema solar?

Ante a imensidão do universo, o que é o nosso planeta?

Tão somente um grão de poeira;  Assim     como o    nosso sistema solar dentro da via lactea, nada mais é do que um simples ponto, e aquela, uma entre milhares...   E, então... O que somos nós, nesteplaneta?Via Lactea

O interessante que sempre procuramos estar em condições de superioridade perante as demais pessoas, como se isso pudesse, efetivamente, nos permitir assim sermos; saimos com o nosso carro e se cuidem os demais para não serem atropelados...

Passamos perto das pessoas, sequer olhamos para seus olhos, que dirá, esboçarmos um leve sorriso; os outros são os outros, estão alí por um acaso do destino e nada tem a ver conosco.

Vamos levando a vida como se a única coisa que importasse, fosse o nosso bem estar! As favas, os mendigos, as crianças, a natureza e o conjunto de leis que rege nosso planeta; nada importa pelo ângulo de nossa estreita visão, exceto nós...

 

É preciso lembrar que o macrocosmos é como o microcosmos; que as mesmas leis que regem uma célula, regem nosso corpo físico e também o universo e, assim como uma célula cancerosa pode iniciar um processo que levará uma pessoa à morte, também nosso planeta poderá colocar em risco nosso sistema solar... E assim como uma célula cancerosa é extirpada de um organismo na tentativa de salvá-lo, é válida a probabilidade de que, se não cuidarmos do nosso planeta, também ele poderá ser eliminado para não destruir o sistema solar... E assim, sucessivamente! É uma lei da natureza  que deve ser observada.

Mas, o que tem a ver as demais pessoas, a natureza, a terra, os planetas, o universo, conosco?   Tudo!

Tudo está em conexão; nada é separado, individual; seja a folha que cai da arvore, seja o nascimento de uma criança... O bioritmo da natureza a tudo comanda! A lei é igual para tudo e para todos, indistintamente!

Paulo Pinto Pereira

Curitiba, Pr,  19.06.2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A caminho de uma nova realidade

Publico hoje, um comparativo escrito pela senadora Marina Silva, candidata à Presidência da Republica. A importância do texto esta na oportunidade de conhecermos a pessoa da Marina e seus pensamentos.
Com relação ao filme, eu, como espiritualista, espirita e umbandista, e que venho desde os meus três/quatro anos vivênciando trabalhos e contatos com o mundo espiritual, o considero como brilhante na sua forma de colocar aos seres humanos que, a nossa mãe "Terra" é um ser vivo, que precisa de atenção, carinho e consideração; que todos somos seus filhos e estamos ligados por laços indeléveis à ela e entre nós. Portanto, para que consigamos vencer e nos curar, indispensável nos darmos as mãos e definitivamente, o coração!
Nosso tempo se escoa e não tenho mais certeza de que poderemos reverter todo o mal que já fizemos, mas sei que devemos tentar de todas as formas que pudermos.
Não viemos a este planeta a passeio!
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Avatar e a síndrome do invasor

Teve um momento, vendo Avatar, que me peguei levando a mão à frente para tocar a gota d´água sobre uma folha, tão linda e fresca. Do jeito que eu fazia quando andava pela floresta onde me criei, no Acre.

Lembranças

A guerreira na’vi bebendo água na folha como a gente bebia. No período seco, quando os igarapés quase desapareciam, o cipó de ambé nos fornecia água. Esse cipó é uma espécie de touceira que cai lá do alto das árvores, de quase 35 metros, e vai endurecendo conforme o tempo passa. Mas os talos mais novos, ainda macios, podem ser cortados com facilidade. Então, a gente botava uma lata embaixo, aparando as gotas, e quando voltava da coleta do látex, a lata estava cheia. Era uma água pura, cristalina, que meu pai chamava de água de cipó. E aprendíamos também que se nos perdêssemos na mata, era importante procurar cipó de ambé, para garantir a sobrevivência.

Me tocou muito ver a guerreira na’vi ensinando os segredos da mata. Veio à mente minhas andanças pela floresta com meu pai e minhas irmãs. Ele fazia um jogo pra ver quem sabia mais nomes de árvores. Quem ganhasse era dispensada, ao chegar em casa, de cortar cavaco para fazer o fogo e defumar a borracha que estávamos levando. A disputa era grande e nisso ganhávamos cada vez mais intimidade com a floresta, suas riquezas e seus riscos.

A gente aprendia a reconhecer bichos, árvores, cipós, cheiros. Catávamos a flor do maracujá bravo pra beber o néctar, abrindo com cuidado o miolinho da flor. Lá se encontrava um tiquinho de mel tão doce que às vezes dava até agonia no juízo, como costumávamos dizer.

É incrível revisitar, misturada à grandiosidade tecnológica e plástica de Avatar, a nossa própria vida, também grandiosa na sua simplicidade. Sofrida e densa, cheia de riscos, mas insubstituível em beleza e força. Éramos muito pobres, mas não passávamos fome. A floresta nos alimentava. A água corria no igarapé. Castanha, abiu, bacuri, breu, o fruto da copaiba, pama, taperebá, jatobá, jutai, todas estavam ao alcance. As resinas serviam de remédio, a casca do jatobá para fazer chá contra anemia. Folha de sororoca servia pra assar peixe e também conservar o sal. Como ele derretia com a umidade, tinha que tirar do saco e embrulhar na folha bem grande, que geralmente nasce em região de várzea. Depois amarrava com imbira e deixava pendurado no alto do fumeiro para que o calor mantivesse o sal em boas condições. Aprendi também com meu pai e meu tio a identificar as folhas venenosas que podiam matar só de usá-las para fazer os cones com que bebíamos água na mata.

Ficção e realidade

O filme foi um passeio interno por tudo isso. Chorei diversas vezes e um dos momentos mais fortes foi quando derrubam a grande árvore. Era a derrubada de um mundo, com tudo o que nele fazia sentido. E enquanto cai o mundo, cai também a confiança entre os diferentes, quando o personagem principal se confessa um agente infiltrado para descobrir as vulnerabilidades dos na’vi. E, em seguida, a grande beleza da cena em que, para ser novamente aceito no grupo, tem a coragem de fazer algo fora do comum, montando o pássaro que só o ancestral da tribo tinha montado, num ato simbólico de assunção plena de sua nova identidade.

O filme também me remeteu ao aprendizado ao contrário, quando fui para a cidade e comecei a aprender os códigos daquele mundo tão estranho para mim. Ali fui conduzida por pessoas que me ensinaram tudo, me apontaram as belezas e os riscos. E também enfrentei, junto com eles, o mal e a violência da destruição.

Impossível não fazer as conexões entre o mundo de Pandora, em Avatar, e nossa história no Acre. Principalmente quando, a partir da década de 70 do século passado, transformaram extensas áreas da Amazônia em fazendas, expulsando pessoas e comunidades, queimando casas, matando índios e seringueiros. A arrasadora chegada do “progresso” ao Acre seguiu, de certa forma, a mesma narrativa do filme. Nossa história, nossa forma de vida, nosso conhecimento, nossas lendas e mitos, nada disso tinha valor para quem chegava disposto a derrubar a mata, concentrar a propriedade da terra, cercar, plantar capim e criar boi. Para eles era “lógico” tirar do caminho quem ousava se contrapor. Os empates, a resistência, a luta quase kamikaze para defender a floresta, usando os próprios corpos como escudos, revi internamente tudo isso enquanto assistia Avatar.

A ficção dialoga muito profundamente com a realidade. Seres humanos, sem conhecimento sensível do que é a natureza, chegam destruindo tudo em nome de um resultado imediato, com toda a virulência de quem não atribui nenhum valor àquilo que está fora da fronteira estreita do seu interesse imediato. No filme, como o valor em questão era a riqueza do minério, a floresta em si, com toda aquela conectividade, toda a impressionante integração entre energias e formas de vida, não vale nada para os invasores. Pior, é um estorvo, uma contingência desagradável a ser superada.

Síndrome do invasor

Encontrei na tela, em 3D e muita beleza plástica e criatividade, um laço profundo e emocionante com a nossa saga no Acre, com Chico Mendes. E percebi que, assim como no filme, éramos considerados praticamente alienígenas, não humanos, não portadores de direitos e interesses diante dos que chegavam para ocupar nosso espaço.

É uma visão tão arrogante, tão ciosa da exclusividade do seu saber, que tudo o mais é tido como desimportante e, consequentemente, não deve ser levado em conta. É como se se pudesse, por um ato de vontade e comando, anular a própria realidade. Como se o que está no lugar que se transformou em seu objeto de desejo, fosse uma anomalia, um exotismo, uma excrescência menor.

E, afinal, essa arrogância vem da ignorância e da falta de instrumentos e linguagem para apreender a riqueza da diferença e extrair dela algum significado relevante e agregador de valor. Numa inversão trágica, a diferença é vista apenas como argumento para subjugar, para estabelecer autoritariamente uma auto-definida superioridade. Poderíamos chamar tudo isso de síndrome do invasor, cujo principal sintoma é a convicção cega e ensandecida, movida a delírios de poder de mando e poder monetário, de ser o centro do mundo.

No Acre nos deparamos com muitos que viam nossos argumentos como sinônimo de crendices, superstição. Coisa de gente preguiçosa que seria “curada” pelo suposto progresso de que eles se achavam portadores. Por outro lado, também chegaram muitos forasteiros que, tal como a cientista de Avatar e o grupo que a seguiu, compreenderam que nosso modo de vida e a conservação da floresta eram uma forma de conhecimento que poderia interagir com o que havia de mais avançado no universo da tecnologia, da pesquisa acadêmica e das propostas políticas de mudanças no modelo de desenvolvimento que eram formuladas em todo o mundo. Com eles, trocamos códigos culturais, aprendemos e ensinamos.

Avatar nos leva a tomar partido

Fiquei muito impressionada como esse processo está impregnado no personagem principal de Avatar. Ele se angustia por não saber mais quem é, e só recupera sua integridade e identidade real quando começa a se colocar no lugar do outro e ver de maneira nova o que antes lhe parecia tão certo e incontestável. Sua perspectiva mudou quando viu a realidade a partir do olhar e dos sentimentos do outro, fazendo com que a simbiose presente no avatar, destinado a operar a assimilação e subjugação dos diferentes, se transformasse num poderoso instrumento para ajudá-los a resistir à destruição.

Pode-se até ver no filme um fio condutor banal, uma história de Romeu e Julieta intergalática. Não creio que isso seja o mais importante. Se os argumentos não são tão densos, a densidade é complementada pela imagem poderosa e envolvente, pelo lúdico e a simplicidade da fala. Se houvesse uma saturação de fala, de conteúdos, creio que perderia muito. A força está em, de certa maneira, nos levar a sermos avatares também e a tomar partido, não só ao estilo do Bem contra o Mal, mas em favor da beleza, da inventividade, da sobrevivência de lógicas de vida que saiam da corrente hegemônica e proclamem valores para além do cálculo material que justifica e considera normais a escravidão e a destruição dos semelhantes e da natureza.

Achei meu “povo”

E, se nada mais tenho a dizer sobre Avatar, quero confessar que aquele povo na’vi tão magrinho e tão bonito foi para mim um alento. Quando fiquei muito magra, na adolescência, depois de várias malárias e hepatite, me considerava estranha diante do padrão de beleza que era o das meninas de pernas mais grossas, mais encorpadas. Sofria por ser magrinha demais, sem muitos atributos. Agora tenho a divertida sensação de que, finalmente, achei o meu “povo”, ainda que um pouco tarde. Houvesse os navi na minha adolescência e, finalmente, eu teria encontrado o meio onde minhas medidas seriam consideradas perfeitamente normais.

Postado em 02/03/2010 por Marina Silva
http://www.minhamarina.org.br/blog/2010/03/avatar-e-a-sindrome-do-invasor/

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sou eu, Sou vento, Sou mar

Mar

Num momento sou bailarina,
rodopiando sob acordes lentos
de uma canção enamorada
Momento seguinte sou serpente
movimento-me sinuosamente
ante seu incrédulo olhar
Outrossim sou uma gueixa a lhe
satisfazer
Ainda em outro sou um anjo a
lhe proteger
Tantas em só uma
Enfeitiçada pelo mar
Faça-me diluir em agua
suor, sal ao me amar...
Aplaca essa ventania que
me transforma em ondas bravias.
Mergulha fundo em mim
Faz vergar minhas tormentas
Mostra-me os misterios sem fim
do seu corpo liquefeito
Faça-me cheiro e gosto desse
mar bravio
Que se debruça sobre mim
como se fosse o meu amor
primeiro

Eloiza Helena

http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=15678092418961139289

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Se um cão fosse o seu professor...

Você aprenderia coisas assim:

    * Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
    * Nunca perca uma oportunidade de ir passear.
    * Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
    * Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
    * Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
    * Corra, pule e brinque todos os dias.
    * Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
    * Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
    * Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
    * Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
    * Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado... Volte e faça as pazes novamente.
    * Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
    * Se alimente com gosto e entusiasmo.
    * Coma só o suficiente.
    * Seja leal.
    * Nunca pretenda ser o que você não é.

E o MAIS importante de tudo....

    * Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita limitações!!!

E nós precisamos aprender isto com um animal que, dizem ser irracional!
(Autor desconhecido)


Arte em forma de imagens II

( Arte em forma de imagens )

Dani

 

Hoje, publico mais algumas imagens feitas pela Daniela Gama!

 

Arte, beleza, sensibilidade, em imagens captadas pelos olhos dessa linda mulher... Transcendendo a natureza...

Arrival

Arrival

Espera

Espera Saudade

Saudade

Espumante

Espumante

Now

Now

Quando recebemos tanto, seja pela escrita, onde a poesia nos enche de encanto… Seja pela música, ao ouvirmos as mais lindas canções… Seja por imagens como essas, captadas por esse amoroso ser e geradas pela mais feminina de todas as mulheres, nossa mãe terra, somente podemos olhar aos céus e em oração agradecer por essa dádiva que recebemos e que se chama “Mulher”…

Para conhecer mais:

www.danielagama-fotografando.blogspot.com  e  www.flickr.com/photos/danielagama_fotografando