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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Bons Tempos...

Enquanto vou curtindo  um pouco de jazz, vou pensando em  tudo que nos faz, as vezes, tristes, pensativos, outras alegres e de bem com a vida.
É fato que o mundo gira e tudo muda e assim também nosso humor, nos fazendo rever, momento a momento, tudo que fizemos.
E, por segundos retorno à minha infância, uma época em que a vida fluía deliciosamente. Época em que pela primeira vez fui a um cinema assistir a um filme para adultos - eu tinha  cinco, seis anos e fui com meus avós - o título do filme não me recordo mas o procuro até hoje; há algumas cenas que permaneceram na minha memória e quando encontrá-lo vou me lembrar, com certeza. Naquela época (1959/1960) moravamos em Rolândia, norte do Paraná; e uma das músicas que faziam sucesso e que se escutava nos cinemas antes de começar a sessão, era Autumn Leaves, rearranjo de 1955 de Roger Williams, da francesa Les Feuilles Mortes, criada em 1945 para o filme Les Portes de la Nuit.
Essa musica me acompanha até hoje; tenho gravadas pelo menos seis versões, que escuto com freqüência.
Nessa época,  também recebi o meu primeiro pedido de namoro de uma mulher: eu tinha 6 anos e ela 19; morava próximo à nossa casa e ela mais algumas moças  iam  com meus pais ao cinema e recordo que pouco antes de saírem, acabou a energia e ela segurou minha mão e disse à minha mãe: -  Agora estamos namorando!  Minha mãe, ciumenta que só ela ,já replicou:  Não né meu filho, é muito novo ainda! Nunca recebi uma "porrada" tão violenta quanto essa. A moça meio sem jeito, foi soltando minha mão e eu tentando segurar a dela... - nunca façam isso com um filho de vocês. O que lembro era a beleza dela e das suas mãos, que eram macias, bonitas... que lástima quando se quebra o sonho de uma criança, pois muito permanece.
Ainda nessa época, também pela primeira vez, fui a um baile no Country Club, com meus pais e amigos deles e consigo lembrar de uma determinada hora em que, cansado deitei minha cabeça sobre a mesa e escutando uma orquestra maravilhosa, dormi ao ritmo de uma rumba... bons tempos!








2 comentários:

  1. A nostalgia nos pega de jeito às vezes. É tão bom recordar, e quando isso acontece, bate uma saudade do passado. Lembro agora da minha infância, em que eu e minha prima brincávamos na casa da minha avó, que na época fazia doce de abóbora. Ela aproveitava as cascas da abóbora e fazia pulseiras para a gente. Ficávamos maravilhadas com aquelas pulseiras! Ela também esculpia faquinhas e garfinhos na madeira (sem fio, claro), para a gente brincar de comidinha. Lembro também da primeira vez que fui no cinema, ver um filme sessão dupla: A Filha de Iemanjá (com o Teixeirinha e a Mary Terezinha) e um filme dos Trapalhões (este não lembro o nome, mas no filme ele fritou um ovo de avestruz e eu fiquei impressionada com o tamanhão do ovo). Bons tempos aqueles.
    Beijos pra ti, Paulo!

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  2. Oi, Daniela!
    Tudo o que fizemos ou de bom nos aconteceu, sempre nos acompanhará e como fizeram e ainda fazem diferença!
    Um beijo muito grande em você minha querida amiga!

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