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terça-feira, 30 de junho de 2009

Minha primeira namorada

Assisti dias atrás, ABC do Amor ( Little Manhattan). Um filme que basicamente conta a descoberta do amor por um menino de dez anos. Logicamente que esse filme me remeteu ao passado, quando eu tinha doze anos e me apaixonei por uma menina de 13.

Seu nome: Telma... Recordo que antes de começar a encontrá-la, ficava esperando que ela passasse em frente à minha casa, o que normalmente ocorria por volta das 06:40 da manhã  (que sacrificio), horário em que ela ia buscar pão em uma padaria localizada há tres quadras da rua em que moravamos; eu ficava olhando-a passar pela janela do meu quarto. Depois eu ia para o colégio e no retorno, ficava pela frente de casa, esperando que ela também retornasse do colégio em que estudava (ah, o amor).

Meus pais sempre brincavam comigo e também me incentivavam: Vai lá... Vai falar com ela... Só cuidado com o pai dela!

Assim foi, até que minha mãe me disse: - Me disseram que a Telma também gosta de você... Vá falar com ela.

Por fim, acabei tomando coragem e uma manhã esperei-a em frente de casa e quando ela passava fui até ela e perguntei se podia acompanhá-la, pois eu ia comprar pães também.

Assim começamos a nos encontrar, sempre pela manhã, para irmos comprar pães.

Até um domingo em que combinamos ir à matine e então começamos a namorar; o filme? Não me lembro... O que lembro é que estava sentado ao lado dela, segurando e acarinhando sua mão.

A partir daí, sempre esperava-a passar, para irmos comprar pães. Lembro que na lateral direita do quintal de casa, haviam algumas árvores e entre elas uma grande goiabeira e era nessa árvore que eu subia e, com um rádio portátil,  ficava escutando  musicas e contando os mingoiabeira2utos para que ela passasse e eu pudesse acompanhá-la.

Durante a noite, a irmã mais velha dela e o namorado nos levavam junto até uma praça onde ficavamos sentados em um banco, conversando, pois a irmã dela sempre dizia: só podem ficar de mãos dadas... Ainda é cedo para outras coisas... Vocês tem muito tempo pela frente...   rsrsrs...

Assim foi, até o dia em que um amigo meu, em quem eu confiava, me disse que ela estava interessada em outro cara e  que ia me dar o fora; que eles sempre se falavam por telefone e me aconselhou a desmanchar antes o namoro...

No dia seguinte, nos encontramos e fomos buscar pães e eu a questionei a respeito do outro rapaz, mas ela disse que não havia nada daquilo, mas eu não acreditei;  quando o dono da padaria nos disse que ele achava muito legal ver a gente todo dia pela manhã, eu respondi que aquele era o último dia, que alí estava acabando tudo...  Lembro que ela ficou sem ação; um misto de raíva e tristeza a invadiu... Não dei a menor chance a ela. Quando voltamos, ainda juntos, não havia mais, a menor condição para continuidade do namoro.

Nos dias que se seguiram, não mais a ví... Mas continuava gostando dela e, apesar de tudo, tinha esperanças de continuar namorando-a, até o dia em que soube que ela já tinha outro namorado...

Somente voltei a revê-la uns 16 anos depois, após ter me casado. Recordo que ela e a irmã vinham pela mesma calçada em que eu estava me dirigindo ao centro da cidade; a irmã a cutucou como a mostrar-me, mas ela olhou rapidamente e sequer me comprimentou.

Até hoje guardo a sensação de ter sido injusto,  precipitado e ter perdido uma grande amizade.

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