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terça-feira, 1 de junho de 2010

Volte-se para outra janela

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A menina debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu cão de estimação. Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
 
O avô que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade:
 
Triste a cena, não é verdade?
 
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.
 
No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.
 
Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente:
 
Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente?
 
Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas...
 
A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.
 
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto:
 
Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos com uma paisagem diferente.
 
Tantos são os momentos felizes que se desenrolam em nossa existência. Tantas oportunidades de aprendizado nos visitam no dia-a-dia, que não vale a pena chorar e sofrer diante de quadros que não podemos alterar.
 
São experiências valiosas das quais devemos tirar as lições oportunas, sem nos deixarmos tragar pelo desespero e a revolta, que só infelicitam e denotam falta de confiança em Deus.
 
A nossa visão do mundo ainda é muito limitada, não temos a capacidade de perceber os objetivos da divindade, permitindo-nos os momentos de dor e sofrimento.
 
Mas Deus tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade a nos aguardar, após cada dificuldade superada.
 
***
 
Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se que existem outras tantas janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias.
 
Não se permita contemplar a janela da dor. Aproveite-lhe a lição e siga em frente com ânimo e disposição.
 
O sofrimento que hoje nos parece eterno, não resiste à força das horas que a tudo modifica.
 
A luz sempre vence as trevas, basta que tenhamos disposição íntima e coragem de voltar-nos para ela.
 
Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver, e saber que Deus nos ampara em todos os momentos da nossa vida.
    
Redação do Momento Espírita

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