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terça-feira, 8 de junho de 2010

Metade Somente – Paula Fonseca

Este mês, tive o prazer em conhecer “virtualmente” algumas pessoas muito queridas em Portugal e, entre elas, Paula Fonseca, poetisa e autora do livro: Metade Somente, livro de poesias  infelizmente ainda não publicado aqui no Brasil.

Mas, com certeza, é só uma questão de tempo, porque os poemas são lindíssimos e trazem em seu conteúdo muito sentimento... Transcendem nossa realidade!

O que estou publicando abaixo, derivou de um pedido meu para que ela colocasse em palavras, seu pensamento sobre a “Distância”.

A imagem é um quadro também maravilhoso, da Maria Adélia Fonseca!

Espero compartilhar a mesma emoção que sinto ao ler Paula Fonseca!

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"Distância", de Paula Fonseca (poema inédito) ; pintura "Ao longe", de Maria Adélia Fonseca

Distância? Não sei o que isso é... na essência.
Distância: corpos separados pela ausência?
Mas se quem amo mora sempre em mim
poderei eu distanciar-me dessa vivência?
Não! É intrínseco; é interior; baila enfim
este sentir comum que não tem fim...
Não me separo; entro em divisão
Não me amarro; é a multiplicação
Distância? Não sei eu o que isso é...
A distância não pode existir
quando o vento liga as serras
o mar une as terras
o pensamento se junta ao sentir
Distância seria o inferno
de saber que nos separamos
de quem é eterno...
Paula Fonseca
Ps - Há pessoas que, ainda que não estejam, diariamente, presentes, vivem mais em mim do tantas que trago/levo involuntariamente comigo!!!

Maria Adélia Fonseca
Pintura - "Ao longe", de Maria Adélia Fonseca

“Cumprimentos semelhantes a espelhos celestiais para que neles vejam reflectida a beleza interior de cada um de vós!”

Paula Fonseca

2 comentários:

  1. Querido amigo transatlântico, a comoção que me arrebatou pela bondade do seu gesto impede-me de me pronunciar com a devida clareza que este momento exige. Vou, contudo, tentar ser racional e agradecer-lhe como me merece a sua gentileza.
    A forma como publicou o meu poema, neste espaço, bem como o texto que lhe juntou engrandecem incomensuravelmente a sua poeticidade. Sinto-me profundamente honrada e espero vir sempre a proporcinar-lhe leituras aprazíveis e catalisadoras de reflexões profundas, como o fazem comigo os seus comentários e as suas sugestões. Eu só escrevi este poema porque o Paulo me incitou à sua escrita. Sou responsável pela criação dele, mas foi o Paulo que lhe deu o "nascimento"!!! Um bem haja infinito por isso.
    Abraços em forma de museu para guardarmos as preciosidades com que, a cada dia, somos agraciados!

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  2. Minha querida Paula!
    Em verdade, somente lhe pedi seu pensamento a respeito da Distância, pois sabia que me traria preciosas informações, como efetivamente ocorreu.
    Ultrapassou minhas expectativas, como em todos os demais poemas, a "transcendente vivência" que contém!
    Mulher maravilhosa, que de uma palavra consegue gerar múltiplas emoções... Agradeço imensamente essa criação.
    Abraços em forma de um terno e eterno abraço, para que possamos recordar sempre, essa linda amizade.
    Paulo

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