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sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Guerra Afetiva

Recebi por e_mail, do meu amigo José Claudio Carvalho, o texto abaixo. Como é exatamente o que estou pensando nesta manhã, demonstrando uma sincronicidade muito grande, o estou reproduzindo. Vale, e muito, meditar sobre o exposto!

Aonde quer que eu vá, estampa-se a indignação e o terror das pessoas, em virtude da violência que acua, sangra e mata.
No mundo sempre aconteceram muitas guerras, mas hoje gostaria de refletir sobre uma, em especial.
Uma guerra, não menos horrenda, que se dá bem ao alcance dos nossos olhos, dizimando crianças, adultos, idosos: a da inanição afetiva.
Assusta-me a constatação da economia que temos feito, no que se refere a partilhar o amor.
Inquieta-me perceber como ainda não sabemos dar amor, e muitas vezes sequer aprendemos a recebê-lo.
Penso que o amor é um exercício, sim.
Envolve aprendizagens e olhares que se originam, a partir do nosso próprio espelho.
Amar-nos, confere-nos a possibilidade de olhar o outro amorosamente.
Esta guerra da subnutrição afetiva mata silenciosamente.
Sem alardes, sem sangue à mostra, sem carnificinas ou corpos para serem contabilizados.
Uma guerra cuja arma química somos nós que fabricamos, criamos e mantemos.
Uma guerra que poderia ser contida e evitada apenas com a ternura de um olhar, de um sorriso, de um abraço ou simplesmente com uma palavra de carinho.
Uma guerra, que para ser debelada, não nos exige quaisquer recursos materiais e/ou financeiros.
É mesmo a falta de amor, que ao final de tudo, é a origem de todas as outras guerras que se espalham pelo mundo.
Bom seria se conseguíssemos também refletir sobre essas pequenas guerras que nos rodeiam e das quais somos artífices silenciosos.

Fernanda Guimarães

2 comentários:

  1. Belo e preciso texto! Quem melhor fala sobre esse tema é o psicanalista Wilhelm Reich, ele chama essa ausência de afeto, de "a peste". Erich Fromm em seu livro a Arte de Amar, também nos fala a respeito, dizendo que o ser humano tem a tendência de pressupor que é fácil amar.
    Fazemos as coisas as avessas - guerreamos pela paz, queremos ser amados para amar,calamos quando queremos falar,e por aí vai.Então meu amigo Paulo, prossegue a questão, vamos fazer a nossa parte. Você com sua sensiblidade faz! abraço!

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  2. Oi, Margareth! Que bom recebê-la aqui. Esse texto da Fernanda Guimarães, que me foi encaminhado pelo meu amigo José, chegou na hora exata em que eu pensava sobre o posicionamento das pessoas em relação aos demais. Foi o famoso e preciso Pedí e Recebereís; houve muita sincronicidade para mim e assim resolvi reproduzí-lo, pois entendo que nesta vida nada é por acaso; fato este novamente comprovado com sua resposta, que me tráz mais conhecimento.
    Abraços minha querida amiga.

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