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sábado, 29 de novembro de 2008

Onde Estás Deus, Que Não Respondes?

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"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher."
Cora Coralina

Onde Estás Deus, Que Não Respondes?
Assim, o poeta Castro Alves inicia seu poema Vozes da África. É o lamento do Continente Africano, vendo seus filhos serem levados como animais ao mercado de escravos.
"Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes!
Em que mundo, em qu´estrela tu t´escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos Te mandei meu grito,
Que embalde, desde então, corre o infinito...
Onde estás, senhor Deus?"

À semelhança dos versos do poeta, muitas vozes se ergueram quando aconteceu o 11 de setembro de 2001, para indagar onde estava Deus naquele momento.
Por que permitiu que mais de duas mil vidas fossem destroçadas naquela manhã?
Por quê?
Poder-se-ia perguntar ainda onde estava Deus quando fomentamos a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
Quando eliminamos seis milhões de judeus, em nome de uma inexistente superioridade ariana.
E quando empreendemos as cruzadas, levando a morte àqueles que qualificávamos como infiéis?
E durante a Inquisição de tanta barbárie?
E todos os dias, onde está Deus?
Onde está Deus quando enganamos nosso irmão? Quando mentimos para conseguir favores que desejamos?
Quando desonramos o lar, com o adultério? Quando eliminamos a vida no ventre materno, porque não desejamos o ser em gestação?
Onde está Deus quando deixamos nossos filhos à matroca, sem orientação, porque preferimos a acomodação?
Onde está Deus quando, utilizando o poder que o mundo nos confere, ferimos pessoas, destruímos a honra de outras vidas?
Onde está Deus quando levantamos as bandeiras da pena de morte ao nosso irmão? Ou da eutanásia?
Para todas as perguntas, a resposta é a mesma: Deus está dentro de nós, dentro de cada criatura.
Soberanamente sábio, criou-nos a todos iguais, partindo de um mesmo ponto de simplicidade e ignorância.
Criou os mundos para que neles trabalhássemos, utilizássemos nossas forças e crescêssemos em intelecto e moral.
A ninguém concedeu privilégios. A todos concedeu o livre-arbítrio, com a conseqüente Lei de Causa e Efeito.
Estabeleceu que a cada um será dado conforme as suas obras e que todos deverão chegar ao mesmo destino, não importa quanto demore: a perfeição.
Ele nos permite a livre semeadura, mas estabelece que a colheita seja obrigatória.
Por isso, uns semeiam ventos e colhem tempestades. Outros lançam ao solo as sementes da bondade, do bem e alcançam felicidade.
Uns estão semeando hoje. Outros tantos estão realizando a colheita das bênçãos ou das desgraças que se permitiram semear.
Conhecedor das fragilidades de Seus filhos, aguarda que cada um desperte, a seu tempo, cansado das dores que para si mesmo conseguiu.
Portanto, não indague onde está Deus, quando você contemple a injustiça. Trabalhe pela justiça.
Não pergunte onde está Deus, quando observe a violência. Semeie a paz.
Não questione onde está Deus quando a miséria campeia. Utilize seus recursos para semear riquezas.
Enfim, onde quer que você esteja, lembre que Deus está em você e com você. E espera que você seja o Seu mensageiro de bênçãos, onde se encontre.
Pense nisso. Pense agora e comece a demonstrar ao mundo o Deus que existe em sua intimidade.

Texto da Redação do Momento Espírita.

6 comentários:

  1. É uma excelente mensagem. Realmente temos que saber plantar e também saber que vamos colher o que plantamos.
    Vim retribuir sua visita ao meu blog.
    Tenha um ótimo domingo.

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  2. Grato, meu amigo!
    É uma satisfação receber sua visita e saber da sua opinião, também!
    Infelizmente a blogosfera esta muito grande e fica dificil visitar todos e sempre.
    Mas devagar...
    Abraços!

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  3. Meu Deus, Paulo, agora até fiquei com vergonha. Um texto lindo deste, e eu comecei a pensar... nem tenho lembrado de Deus ultimamente... Não tenho parado pra pensar nisso. Tenho minha crença, converso com Deus freqüentemente,mas nesses últimos dias especialmente ando meio desligada. Discutindo com as pessoas, perdendo tempo com alguém que anda me criticando duramente no blog em todos os posts e não sei quem é, enfim, a minha vida anda tão cheia de ocorrências toscas, que não estou parando por um momento como dia o texto e pensando ou demonstrando a minha fé. Adorei, Paulo! Leu esse post foi muito bom! Beijos!

    Ah, adorei o seu comentário sobre o meu texto dos erros... morri de rir!

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  4. Oi, Luciana! Que bom que lembrou de me visitar, como sempre faz, o que é um fato que me deixa muito feliz.
    Desde quando você precisa se incomodar com quem sequer se identifica? Larque mão minha querida; tem coisas mais importantes nesta vida e a mais mais é você!
    Beijos!

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  5. Esse texto é... uma dedada com o perdão da palavra, né?!

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  6. É verdade, minha querida amiga!
    Com freqüência esquecemos que somos os responsáveis pelo nosso destino e pelo que plantamos e culpamos a Deus, a terceiros, ou seja lá quem for para nos eximirmos da responsábilidade que em verdade, é nossa.

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